Em 1993, em co-edição da
UNOESC - Campus de Chapecó e do Secretariado Diocesano de Pastoral foi
publicado O peso da cruz: conquista
e religião.
![]() |
| Ilustração do Livro: POVO KAINGÁNG |
Cinco autores - Adair
Tedesco, Arlene Renk, Eliane Oliveira, Juracilda Veiga e Wilmar d’Angelis -
subscrevem os trabalhos: “A religião como idioma de identidade faccional entre
brasileiros no oeste catarinense”, “Em que crêem os Kaigangs”, “A Igreja católica
na América Latina”, “Nova Evangelização”. Resultantes de uma atividade de extensão
do Departamento de História da UNOESC organizada em 1492 para pensar e repensar, sob diferentes
aspectos, a fricção entre a cultura européia e as culturas
nativas que, a partir da chegada dos ibéricos se tornou uma constante na
América Latina são trabalhos que significam uma busca de sentido.
Um desejo de entender certas
questões cuja origem se inscreve no passado mas cujas conseqüências - assim o
diz Pedro Uczai ao apresentar a obra estão
ao nosso redor, desafiando-nos e
exigindo respostas em níveis de produção acadêmicas e de práticas sociais, das
quais não podemos nos furtar.
Assim, é o interesse em retomar essa questão primeira - a inexorável
presença da Igreja Católica no Continente - onde se encravam as outras; a
passagem do rito indígena para aquele imposto pelos conquistadores; a oposição
conduzida por razões sócio-econômicas que pode se instaurar no interior da
Igreja Católica oficial; as novas formas de evangelização.
Temas ligados por um fio
condutor - a religião como um meio para o exercício do domínio - buscando, sobretudo,
respostas para as interrogações que surgem espontâneas quando consideradas as
relações entre a verdade pregada e sua prática.
Mas, embora seja feito de
inquietações, O peso da cruz é um
pequeno livro alimentado de esperanças pois na provocação de um diálogo espera
dar ensejo às imprescindíveis mudanças. E é certamente, de mudanças
que o Continente necessita.

Nenhum comentário:
Postar um comentário